quinta-feira, 2 de junho de 2022

OPERAÇÃO PRENDE ADVOGADOS ACUSADOS DE SERVIR COMO MENSAGEIROS DO COMANDO VERMELHO EM PRESÍDIOS NO PARÁ

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Pará (MPPA) deflagrou nesta quarta-feira, 1, a Operação Pombo, que cumpriu mandados de prisão contra dois advogados envolvidos com a facção criminosa Comando Vermelho.

A Operação Pombo é resultado de uma investigação iniciada em junho de 2021 (Portaria nº 009/2021-MMPA/GAECO) para apurar a relação ilícita de advogados com integrantes de facções criminosas que se encontram custodiados em presídios do Pará.

No decorrer de praticamente um ano, a investigação conseguiu constatar a relação criminosa existente entre integrantes custodiados da facção Comando Vermelho e os dois advogados, os quais vinham funcionando como “mensageiros” ao se utilizarem de suas prerrogativas conferidas legalmente pelo exercício da advocacia (Lei nº 8.906/94) para servirem de elo entre faccionados presos e faccionados soltos, repassando as informações obtidas por ocasião das visitas realizadas em estabelecimentos prisionais no Estado do Pará.

Diante disso, o Gaeco pediu e obteve mandados de busca e apreensão pessoal deferidos pela Justiça, cujo cumprimento resultou na apreensão de bilhetes manuscritos, bem como aparelhos eletrônicos, dentre os quais um relógio smartwatch pertencente a um dos advogados, utilizado para gravar as mensagens durante as visitas carcerárias, com o objetivo de repassá-las aos faccionados em liberdade.

Os bilhetes manuscritos eram destinados a diversos integrantes da facção criminosa, dentre eles David Palheta Pinheiro, vulgo “Bolacha”, e o próprio presidente Leonardo Costa Araújo, vulgo “L-41”, ambos estão atualmente foragidos no Estado do Rio de Janeiro.

Os mandados de prisão preventiva foram obtidos após o Gaeco apresentar as evidências à Justiça. Nas últimas semanas, as forças de segurança do Estado do Pará têm sido alvos constantes dos ataques ordenados por integrantes de facções criminosas, a exemplo das duas dezenas de registros de crimes contra policiais penais, o que serviu de subsídio jurídico à decretação e manutenção da prisão provisória. As investigações prosseguem sob sigilo.

Fonte: MPPA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CACAU DE MEDICILÂNDIA LEVA PREMIAÇÃO COCOA OF EXCELLENCE AWARDS, NA EUROPA

Amêndoa de cacau produzida no município de Medicilândia, no oeste do Pará, foi reconhecida entre as melhores do planeta em premiação que oco...